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Praga da Palma afeta municípios do Seridó

O prejuízo na agricultura já soma R$ 500 milhões a 10 mil produtores rurais da Paraíba, segundo dados da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa).

A praga cochonilha-do-carmim, que já dizimou em torno de 150 mil hectares de plantações de palma em todo o Estado, instalou-se também nos solos do Seridó paraibano.

As recentes cidades mais atingidas são Juazeirinho, Junco do Seridó, Santa Luzia, Soledade e Pocinhos, sendo estas últimas pertencentes às regiões do Curimataú e Cariri, respectivamente.

Há quatro anos a Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap) registra casos desta praga. No entanto, desde então agricultores têm perdido suas plantações por não saberem como evitar ou exterminar o inseto responsável por sugar a seiva da palma, deixando-a inutilizável. É o que acontece com o agricultor Armando Alves Rocha, na zona rural de Juazeirinho. "Já faz mais de dois anos que essa praga tem acabado com toda a plantação. Já coloquei veneno, óleo, mas nada funcionou", afirmou Armando.

O prejuízo na agricultura já soma R$ 500 milhões a 10 mil produtores rurais da Paraíba, segundo dados da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa). Os palmares extintos, somente este ano, se localizavam nas regiões do Cariri Ocidental e Oriental, Serra do Teixeira, Vale do Piancó e a Região do Sertão, entre as cidades de Bonito de Santa Fé até Cajazeiras.


Uma possível alternativa de combate é uma solução contendo óleo de algodão bruto e detergente neutro. "Essa solução possui 98% de eficácia. Agricultores da cidade de Caturité conseguiram combater o mal a partir da mistura que consiste em 5 litros de óleo de algodão bruto mais 5 litros de detergente neutro para cada 100 litros de água", explicou o pesquisador da Emepa, Dr. Edson Batista Lopes, acrescentando que se o método tivesse sido aplicado de imediato nas plantações atingidas, o prejuízo não teria sido tão grande.

Há quatro anos existem registros da cochonilha-do-carmim em plantações paraibanas. No entanto, uma vez que a praga é propagada e a plantação se deteriora, é necessário que seja feito um replantio com as espécies resistentes produzidas pela Emepa. "Não adianta replantar a mesma espécie. A Emepa tem quatro cultivares registrados no Ministério da Agricultura a partir de pesquisas. No momento estamos distribuindo os tipos Palmepa PB 1 e Palmepa PB 3", disse Edson.

Nas cidades em que os palmares foram extintos, já teve início o plantio de 2 milhões de raquetes das novas espécies de palma resistentes à praga. Os agricultores que tiverem suas plantações destruídas devem solicitar junto à Secretaria de Agricultura do Estado as sementes produzidas pela Emepa.

A Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária informou ainda que apenas uma parte da região do Seridó permanece sem registros da praga.


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Fonte: Jornal da Paraíba
Foto: Reprodução/Internet

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