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Picuí-PB: Técnico faz panorama sobre atividade mineral do município e da região

A história da atividade garimpeira no Seridó Paraibano, em especial do município de Picuí tem registro oficial do início do século XX, coincidindo com os períodos das duas Grandes Guerras Mundiais. Na Segunda Grande Guerra houve um incremento na produção mineral em pegmatitos graças à decisão do governo americano em enviar geólogos (American Geological Survey)
e engenheiros com o objetivo de pesquisar e explorar minérios na região dentre eles, tântalo, nióbio e tungstênio, para o fabrico de equipamentos bélicos. Diante da necessidade na obtenção de matéria prima em abundância, contaram com a larga experiência dos garimpeiros, recrutando-os e treinando-os no exercício da atividade de exploração do minério.

Segundo técnico em mineração Antonio de Pádua Sobrinho, o tempo passou novos garimpos entraram em operação, porém, não ocorreram avanços significativos em tecnologias e pesquisas exploratórias o extrativismo mineral continua sendo a principal forma de lavra das riquezas do nosso subsolo, empregando-se, na maioria das vezes de métodos e instrumentos rústicos, com trabalho executado de forma manual, sem planejamento logístico nas operações de extração do minério, o que dificulta a exploração e um melhor aproveitamento do corpo mineralizado, realizado na maioria das vezes na informalidade, sem obediência à legislação mineral, ambiental e trabalhista.

Atualmente Pádua Juntamente com o geólogo e professor do IFPB,Francisco Souza, e dos técnico em mineração Paulo Sales e Anselmo Araújo vem desenvolvendo alguns trabalhos de pesquisa nesta região divulgando o potencial mineral existente, além de realizar um levantamento global das condições socioeconômicas, de segurança e saúde do pequeno minerador (garimpeiro) do Seridó paraibano, dando enfoque também a degradação ambiental decorrente da lavra predatória. “ Para reverte este quadro existente, estamos sempre buscando parcerias com órgãos e instituições governamentais, das prefeituras municipais do Seridó paraibano e das cooperativas minerais, mostrando a realidade, discutindo a problemática para juntos realizarmos ações em prol de melhorias para a atividade.” Disse


Algumas ações á foram desenvolvidas por eles dentre elas : Todos os garimpos estão sendo georreferenciados e plotados em mapa para facilitar a localização e vias de acesso, garimpeiros estão sendo entrevistados sobre as condições de trabalho, riscos potenciais de acidentes e ambientais, palestras temáticas estão sendo realizadas objetivando debater ações de prevenção das doenças e acidentes de trabalho com uso de EPIs, melhorias socioeconômicas do garimpeiro, recuperação ambiental de áreas degradadas pela mineração, processamento do minério para agregação de valor monetário, como forma de humanização e sustentabilidade da atividade garimpeira. Além de trabalhos, TCCs e artigos científicos apresentados em palestras, Simpósios, Congressos Nacionais e Internacionais, registrando e divulgando a pequena mineração do Seridó paraibano para o Estado, o Brasil e o Mundo.


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Fonte: Blog Antônio de Pádua
Foto: Ilustrativa da Internet

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