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Internautas denunciam que animais estariam morrendo de fome no Zoonoses de cidade paraibana

Denúncia foi feita após um jumento ter morrido provavelmente de desnutrição no Centro de Zoonoses da cidade.

Condições precárias, falta de funcionários, comida racionada e o que é pior, animais que estariam morrendo de fome no Centro de Zoonoses de Campina Grande, no Agreste a 125 quilômetros de João Pessoa.



As denúncias vêm sendo feitas nas redes sociais por internautas, ativistas ambientais e parlamentares do município. De acordo com informações do ativista ambiental Letiene Santos, os animais estão em condições precárias. Um jumento acabou morrendo nesta terça-feira (17) aparentemente de fome e outros dois estariam sem conseguir levantar-se por estarem fracos.

Entre as irregularidades encontradas no local, segundo ele, além do racionamento de comida, estão falta de água, de infraestrutura para acomodar os animais, pois jumentos e cavalos estariam acomodados junto com cães, e número de funcionários insuficiente para cuidar dos bichos.

"É realmente uma situação de descaso e de negligência", denunciou. No Facebook, o ativista denuncia a situação e pede para que o Ministério Público Estadual faça alguma intervenção.

O vereador do município, Napoleão Maracajá (PC do B) esteve na manhã desta terça (17) após tomar conhecimento das denúncias e disse que o local não apresenta infraestrutura adequada para o acolhimento dos animais.

O parlamentar informou que jumentos estão muito magros e que estão com aparência de desnutridos. Ele confirmou ao Portal Correio por telefone que um jumento teria morrido provavelmente por desnutrição.

O vereador informou que irá formalizar um comunicado pedindo uma fiscalização do Ministério Público Estadual e que irá denunciar o que está acontecendo no Zoonoses de Campina Grande nesta quarta-feira (18) durante sessão na Câmara de Vereadores do Município.

Vigilância explica

A diretora de Vigilância em Saúde do Centro de Zoonoses de Campina Grande, Eliete Nunes, negou as denúncias e disse que regularmente animais chegam ao local vindos da rua, abandonados, e muitos chegam doentes e desnutridos. "São animais que geralmente foram atropelados e, após serem medicados e alimentados, vão se recuperando", disse, mas não negou a denúncia de que um jumento teria morrido de fome.

Ela disse que somente um veterinário após analisar o animal poderia dizer isso. "Para se ter uma ideia, temos casos até de animais que são jogados pelos donos por cima do muro do Zoonose e lá não é um local para acolhimento de animais abandonados. Eles são mantidos porque não podemos deixar eles perecerem", disse.

Quanto à alimentação, a diretora também negou que estivesse racionada, mas admitiu que há dificuldades na aquisição porque, segundo ela, não existiriam recursos da Saúde destinados para a comida dos animais e a aquisição dependeria do dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). "Por isso todo o procedimento de compra de alimentos tem que passar por licitação", completou.

Eliete criticou as pessoas que, na opinião dela, só fazem denunciar sem conhecer a realidade do Zoonoses. "Ninguém chega lá com um saco de ração, ou com contribuição para nos ajudar a melhorar a situação dos bichos", reclamou.

Quanto à falta de funcionários, Eliete disse que existem atuando quatro veterinários e que são suficientes para atender a todos os animais porque não são todos que chegam lá doentes. Ela informou que ao todo existe cerca de 309 bichos, entre gatos e cães, e 68 animais de grande porte, como jumentos e cavalos.





Fonte: Portal Correio
Foto: Reprodução/Facebook/Letiene dos Santos

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