Slider

Alunos da UFCG disputam Campeonato Mundial de Programação de Software na Rússia

Equipe, treinada pelo professor Rohit Gheyi, alcançou o 7º lugar geral do Brasil na maior competição de programação.

Os alunos do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Danilo Pimenteira, Mateus Dantas e Phyllipe César Medeiros estão disputando na Rússia, o Campeonato Mundial de Programação de Software acontece na cidade de Ecaterimburgo (Yekaterimburgo).



A equipe, treinada pelo professor Rohit Gheyi, alcançou o 7º lugar geral do Brasil na maior competição de programação, ultrapassando renomadas universidades brasileiras como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em junho, os 300 maiores programadores, das 100 melhores universidades do mundo, estarão na vitrine do mundo virtual.

A fase regional foi disputada em setembro de 2013 em Olinda e contou com 600 equipes participantes. Desse total, 60 equipes disputaram as regionais, onde apenas seis foram classificadas para representar o Brasil na fase mundial. Os campeonatos têm o objetivo de revelar novos talentos na área de programação, e identificar novas maneiras de resolução de problemas de forma eficiente a aumentar o nível de qualidade dos softwares.

Esta é a segunda equipe orientada por Rohit, no mundial. Em 2012, a equipe comandada pelo professor voltou da Polônia com o título de campeão latino-americano. Para ele, a participação da Universidade nas competições têm mostrado o grande potencial em talentos na programação que a Paraíba exporta. “Nessas competições, vários olheiros estão acompanhando o desempenho dos nossos alunos. Em cinco anos, mais de 10 alunos foram convidados a estagiar nas maiores empresas do Vale do Silício. Países como China e Estados Unidas usam o ranking da competição para mostrar seu poderio tecnológico”, conta o professor.

O desempenho dos alunos é resultado de muito treino. Pelo menos quatro vezes por semana, os alunos se reunem em conjunto, para treinar a resolução de problemas em diversos temas. Eles também fazem parte do Projeto Olímpico, desenvolvido em 2008 e coordenado por Rohit, que visa despertar em crianças a partir do 6º ano do fundamental, o interesse pela programação. O projeto recebe o patrocínio da empresa Grupo e-Gen, além de incentivos da própria Universidade Federal.

De acordo com o professor, a Paraíba possui uma mina de talentos, inclusive em escolas Públicas, mas faltam mais iniciativas dos governantes e patrocínios de empresas privadas para estimular a entrada desses jovens em projetos que lapidem suas habilidades. “Estamos de olho nos nossos talentos. Temos o importante papel de formar novas pessoas, e metodologia e rotina contínua são fundamentais para possuir bons resultados. Fazemos disto, uma brincadeira de superação. A Paraíba conquistou mais de 120 prêmios em competições nacionais e internacionais nos últimos cinco anos, mais de 20 deles são ouro. Temos uma mina aqui”, explicou o professor.

Enquanto o Brasil e o Mundo estarão de olhos na Copa do Mundo, em junho, Phyllipe César Medeiros, 21, estará na Rússia junto a seus colegas de equipe. Desde 2008, o estudante participa de competições, e coleciona mais de 10 medalhas, em mais de 30 campeonatos. Em 2011, ele foi convidado a estagiar por 6 meses no Vale do Silício. Disputado por google, yahoo e microsoft, desde 2012 ele já tem contrato assinado com o Facebook para trabalhar como engenheiro de ferramentas para a rede social. A equipe de Mark Zuckerberg só aguarda que Phyllipe finalize seu curso, onde está no 8º período, para fazer as malas e ir para a Califórnia. “É muito treino. Fora minhas atividades na universidade, treino entre três e quatro vezes por semana com minha equipe, cerca de cinco horas por dia, além dos meus treinos individuais. Tem que ter muito foco para isso”, disse o estudante.

Quem também está entre os quatro melhores da Universidade é Mateus Dantas, 18, que participa de competições desde 2007 e coleciona mais de 15 medalhas, entre elas a de campeão Íbero-Americano de Informática. Para ele, o acúmulo de experiências nas competições é um ponto excepcional no currículo. “Essas competições nos trazem o intercâmbio de conhecimentos entre programadores da Rússia e China, grandes pensadores nessas áreas. Minha maior dificuldade é a falta de tempo para os treinos, já que estudo muito. E um dos principais temas que precisamos nos ater é à matemática, já que 80% desses problemas são pura matemática”, ressalta o aluno.O estudante Danilo Pimenteira, 21, participou de 10 competições e coleciona medalhas. Assim como os colegas, dedica a maior parte do seu tempo livre aos treinos. “Treino sempre à noite. Mas nos divertimos muito também. Estamos sempre juntos, mas nem sempre pensamos só nos problemas. Demos uma pausa durante as férias, mas agora estamos de volta. Esperamos mostra o que temos na Russia”, disse Danilo.

A competição


A competição surgiu nos anos 70, e ao final dos anos 90 o mundial ofereceu maior abrangência para universidades de todo o mundo participarem. Antes de chegar à final, mais de 100 mil programadores, de cerca de 2500 universidades, participaram de todas as fases. Pelo menos 91 países tiveram representantes nas disputas. Durante a última etapa da competição, cada Universidade receberá um conjunto de dez problemas para serem resolvidos em um período de 5 horas. Quem resolver mais problemas em menos tempo e com menos erros, definirá a colocação de cada equipe no ranking.


Curta a fanpage do Click Na Notícia no Facebook e receba as últimas Notícias! Cliqui Aqui 


Fonte: Portal Correio
Foto: Divulgação/UFCG

Postar um comentário

0 Comentários