Participam das reuniões, além dos técnicos da Secretaria de Estado da Saúde, profissionais da Vigilância Ambiental e veterinários dos municípios.
A Secretaria de Estado da Saúde promoveu, nesta quarta-feira (13), pela manhã, uma reunião com técnicos dos Municípios da 1ª Gerência Regional de Saúde, no auditório do Centro Formador de Recursos Humanos, na Capital, com o objetivo de tratar sobre ações de combate à leishmaniose (calazar).
Os encontros começaram nessa terça-feira (12), com os Municípios da 2ª GRS, em Guarabira, e continuam no próximo dia 26, em Patos, com os Municípios da 6ª GRS; no dia 27, em Campina Grande, com os Municípios da 3ª GRS e no dia 28, em Itabaiana, com os Municípios da 12ª Gerência.
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Participam das reuniões, além dos técnicos da SES-PB (Zoonoses, Entomologia e Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba – Lacen/PB), os técnicos da Vigilância Ambiental e veterinários dos Municípios.
O veterinário da Gerência Operacional de Vigilância Ambiental, da SES, Francisco de Assis, falou que estas reuniões técnicas foram definidas desde a implantação do Teste Rápido para Diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina, no final de 2013, em todos os Municípios paraibanos. “A intenção é ver como os Municípios estão trabalhando o agravo, avanços e dificuldades encontrados”, explicou.
A chefe do setor de doenças parasitárias do Lacen, Antonia Marques Grangeiro, informou que o Teste Rápido, em 15 minutos, é capaz de identificar se o animal tem a possibilidade de desenvolver a doença. Para haver a confirmação ou não da doença, o material coletado é enviado para o Lacen, que realiza o exame por meio da técnica de Imunoensaio enzimático Elisa.
“Essas reuniões funcionam como uma forma de supervisionar os trabalhos a partir do Teste Rápido e também servem para explicar a maneira correta do envio do material coletado para a realização dos exames”, esclareceu Antonia.
A técnica de vigilância em saúde de Caaporã, Ediene Gomes, informou que no ano passado houve o caso de calazar em uma pessoa e em três cães. “Foi muito bom porque a gente esclareceu dúvidas sobre a doença e também sobre a coleta do material a ser examinado”, falou.
Para o apoiador do município de Alhandra, Adevaldo Francisco, a reunião foi muito esclarecedora do ponto de vista jurídico e para a questão burocrática também. “Às vezes, nas ruas, nos deparamos com algumas questões e ficamos sem saber como agir e aqui recebemos as orientações”.
Sobre a doença
Causada pelo protozoário tripanossomatídeo Leishmania chagasi, a doença é transmitida por vetores da espécie Lutzomialongipalpis e L. cruzi, mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico. As fêmeas se alimentam de sangue, preferencialmente ao fim da tarde, para o desenvolvimento dos ovos.
Os animais com calazar apresentam sinais como emagrecimento, perda de pelos, lesões na pele e, na fase final da doença, crescimento desordenado das unhas. Já no ser humano, os principais sintomas da doença são manchas no corpo, febre, anemia, palidez acentuada e inchaço abdominal. O tratamento é de 20 dias de medicamentos e vacinas. Não existe prevenção, até porque não existe vacina para a Leishmaniose Visceral.
O tratamento começa pela atenção básica ou por qualquer hospital. O médico, suspeitando da doença, encaminha para os hospitais de referência que são os Hospitais Universitários de Campina Grande e de João Pessoa.
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Fonte: Portal Correio
Foto: Alisson Correia
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