Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito alerta para as causas e tratamento.
Aproximadamente 90% dos casos de halitose têm origem bucal, diz dentista.
Cerca de 1,1 milhão de paraibanos sofrem com mau hálito, também conhecido por halitose, de acordo com dados da Associação Brasileira de Halitose (ABHA). Nesta segunda-feira (22) a associação marca o Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito, chamando atenção para as causas e soluções do problema.
Em todo o Brasil, 57 milhões são atingidos pelo problema.
De acordo com a dentista Ângela Urquiza, que trata do problema em João Pessoa, o mau hálito tem causas multifatoriais. “Existem mais de 60 causas para a halitose. Aproximadamente 90% dos casos têm origem bucal”, alerta.
O transtorno não é considerado doença, mas pode ser um sintoma de alguma alteração de origem bucal ou sistêmica no organismo. Ainda de acordo com a especialista, uma das causas mais comuns é a diminuição da produção de saliva, causada principalmente pelo uso de medicamentos, stress excessivo e algumas doenças.
A médica explica que "a diminuição da quantidade de saliva favorece a formação da placa bacteriana [camada esbranquiçada] na parte posterior da língua, chamada de saburra lingual e no interior das amígdalas, em forma de um pequeno ponto amarelado, chamado de cáseos amigdalianos". Eles são formados por restos proteicos alimentares e salivares, células que se descamam da mucosa bucal e bactérias. "Nesse processo ocorre a liberação de enxofre, que deixa o hálito desagradável”, conclui a especialista.
As doenças das vias aéreas superiores - sinusites, amigdalites, rinites, adenoides - também podem gerar mau hálito, principalmente por tornarem o paciente um respirador bucal, o que gera ressecamento na mucosa e, consequentemente, aumenta a descamação de células.
Segundo Ângela, outros fatores que contribuem para a halitose são os longos intervalos em jejum que provocam a hipoglicemia. Bebidas alcoólicas e diversos alimentos (principalmente os com excesso de gordura e proteína animal, além do alho, cebola, frituras) podem causar alteração no aroma bucal, especialmente em pessoas que já tiveram ou têm algum problema no fígado, pela dificuldade do órgão metabolizar certas substâncias presentes nesses alimentos.
Tratamento
A consulta a um especialista é fundamental para conseguir o diagnóstico preciso. O tratamento observa o estilo de vida do paciente, com um questionário detalhado sobre os hábitos alimentares, a escovação e o histórico de doenças. “Geralmente são várias etapas, onde a gente orienta sobre a escovação adequada, sugere mudanças na rotina e ressalta o compromisso do paciente para obtenção dos resultados”, explica Ângela.
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Fonte: Portal Correio
Foto: Ilustrativa da Internet
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