A história é semelhante ao caso que foi noticiado nos últimos dias. Uma mãe na França manteve a filha de 2 anos escondida desde o nascimento, no porta-malas de um carro. A menina foi encontrada por um mecânico, desnutrida e com atrasos intelectuais. A mãe foi presa e o advogado de defesa alegou que a mulher não tinha plena consciência do que havia feito.
No caso de Lauren, não há dúvidas de que a mãe tinha total consciência dos atos. A menina passou passou seis anos trancada. Durante esse tempo, sofreu abuso sexual, foi maltratada fisicamente e psicologicamente pela própria mãe e pelo padrasto. Quando finalmente foi encontrada, Lauren tinha um retardo mental. Segundo uma matéria especial publicada pelo jornal The Dallas Morning News, aos 8 anos ela não sabia sentar em uma cadeira, segurar um lápis e muito menos conhecia o alfabeto.
A menina tinha o peso de uma criança de 2 anos Foto: Reprodução / Distrito de Dallas
Nas mãos de Barbara e de Kenneth Ray Atkinson, ela sofreu durante seis anos, presa em um armário. Quando a policia a encontrou, Lauren estava suja, sentada nas próprias fezes e urina e tinha a boca suja de excrementos. O casal não alimentava a criança, a agredia e a estuprava. Aos 8 anos, Lauren pesava o mesmo que uma criança de 2 anos. Dentro do closet, ela só via um feixe de luz que passava sob a porta.
Blake Strohl, filha mais velha de Barbara e meia-irmã de Lauren, conta que, aos 10 anos, viu a menina machucada em inúmeras ocasiões. Às vezes, tirava a irmã do armário no meio da noite e dava um banho nela. A menina tinha queimaduras de cigarro pelo corpo, manchas de sangue e a vagina inchada.
- Eu sabia que ela precisava de ajuda - disse a jovem, hoje com 23 anos. - Ela conseguia falar comigo, mas era quase como se eu estivesse falando com um bebê.
Lauren sofreu muitos abusos Foto: Reprodução / Distrito de Dallas
Pelo que fizeram com Lauren, Barbara e Kenneth foram sentenciados à prisão perpétua. Sabrina conseguiu adotar a criança, definitivamente, cerca de um ano após o resgate. Lauren foi libertada aos 8 anos, mas condenada a carregar as lembranças da infância pelo resto da vida.
- Espero um dia ter uma vida normal. É claro que a minha vida nunca foi normal - disse Lauren, em entrevista à publicação. - Eu não quero ser como os meus pais. Esse é o meu foco. Eu tenho medo de virar o que eles eram, porque todos os dias eu sinto isso. Eu tenho aquele raiva dentro de mim como a minha a mãe.
Fonte: Extra
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