Coligações que disputaram
prefeitura estão trocando acusações.
Eleição suplementar de
Soledade - PB aconteceu no começo de setembro.
O
Ministério Público da Paraíba (MPPB)
confirmou nesta quarta-feira (18) que está apurando duas denúncias de compra de
voto relativas à eleição suplementar de Soledade, Cariri do estado, realizada no dia 1º de setembro. De acordo com o promotor Arlindo
Almeida, as representações com foram movidas pelas duas coligações que
disputaram a prefeitura, que estão fazendo acusações mútuas.
A eleição
suplementar de Soledade aconteceu em função da cassação do mandato do prefeito
eleito em outubro de 2012, José Bento Leite (PT), por uso da máquina pública.
Na nova votação Flávio Aureliano (PTN) foi eleito prefeito derrotando Miranda
Neto (PT) com 4.306 votos contra 3.975.
Segundo
Arlindo Almeida, as duas representações com as acusações de suposta compra de
votos foram movidas na semana passada. A coligação de Miranda Neto afirma que o
grupo do prefeito eleito fomentou uma pesquisa eleitoral que na verdade teria a
intenção de mapear os eleitores indecisos para fazer a cooptação de votos. Já o
lado de Flávio Aureliano acusa Miranda e o ex-prefeito Ivanildo Gouveia, que
participou da coordenação da campanha, de terem prometido terrenos a algumas
pessoas em troca de votos.
“As
representações foram protocoladas e vamos apurar até que ponto efetivamente
existem provas. Existem muitas coisas que acontecem e quando você investiga não
existe a materialidade do crime”, afirmou Arlindo Almeida. O promotor
disse que tem um prazo de 30 dias para concluir as investigações e explicou que
elas não devem interferir no resultado da eleição. “Ambas são (representações)
no campo criminal. Caso se tornem ações, serão ações penais”, pontuou.
A coligação
do candidato derrotado Miranda Neto embasou a representação em documentos
utilizados na suposta pesquisa de intenção de voto. Segundo um dos
coordenadores da campanha, Ivanilson Gouveia, ela foi organizada por um cabo
eleitoral do prefeito eleito e os papéis trazem anotações sobre possíveis
pagamentos a eleitores indecisos. “O levantamento na prática estava monitorando
os eleitores indecisos, para depois aplicar a captação ilícita de votos”,
disse.
Já a
representação de Flávio Aureliano foi motivada por um áudio, supostamente
gravado por um eleitor. “Tivemos acesso a um áudio onde o senhor Ivanildo
Gouveia e o então candidato a prefeito Miranda Neto prometeram a um eleitor
doar um terreno em troca do seu voto nas eleições suplementares”, afirmou o
advogado que representa o prefeito eleito, Antônio do Vale.
Fonte: G1 PB
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