42% dos municípios paraibanos não conseguiram atrair médicos para trabalhar
terça-feira, julho 30, 2013
Apesar de ser a maior iniciativa de interiorização de médicos já executada no Brasil, o Programa de Valorização da Atenção
Básica (Provab) não conseguiu atrair nenhum médico para 41% dos
municípios do Nordeste que solicitaram profissionais este ano. Das 1.091
cidades nordestinas que solicitaram médicos pelo programa, 457 não
receberam sequer um profissional. Com isso, apenas 36% da demanda por
médicos na região foi atendida. Dos 6.129 médicos solicitados, 2.184
médicos foram para 634 cidades. Eles estão alocados em Unidades Básicas
de Saúde (UBS) das periferias, do interior e de áreas remotas.
Em todo o Brasil, 55%dos municípios que solicitaram médicos não
conseguiram sequer um. Dos 2.867 municípios que pediram profissionais
pelo Provab, 1.581 municípios não atraíram nenhum. Com isso, apenas 29%
da demanda nacional por 13 mil médicos foi atendida: 3.800 participantes
foram para 1.307 municípios brasileiros.
Na Paraíba, 50% da demanda por médicos foi atendida. Dos 370
profissionais solicitados, 184 foram para 63 municípios. E 42% dos
municípios paraibanos que haviam solicitado médicos pelo Provab não
conseguiram atrair nenhum. Das 109 cidades que solicitaram
profissionais, 46 não receberam sequer um.
Além do Provab, o Ministério da Saúde realiza esforço junto ao
Ministério da Educação para abrir vagas de medicina em regiões que
carecem desses profissionais e com uma estrutura de saúde adequada à
formação. O Ministério da Saúde também estuda a possibilidade de trazer
médicos estrangeiros para atuar na atenção básica do país, o que foi
feito em alguns países como Inglaterra e Canadá, que enfrentaram a
dificuldade de levar médicos ao interior.
Paralelamente à atração de médicos, o ministério está investindo em
infraestrutura. Pela primeira vez, abriu uma linha de financiamento da
ordem de R$ 1,6 bilhão para reforma, ampliação e construção de Unidades
Básicas de Saúde (UBS).
Os médicos participantes do Provab recebem uma bolsa mensal de R$ 8 mil,
paga integralmente pelo Ministério da Saúde e devem cumprir 32 horas
semanais de atividades práticas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e
oito horas semanais de curso de pós-graduação em Saúde da Família com
duração de 12 meses.
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