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De golpes a assassinatos, internet vira campo de guerra; Paraíba não possui delegacia especializada

Violência virtual é mais hostil que no mundo real.
Em um tempo onde o mundo virtual parece não se dissociar mais do real, um clique malicioso pode arruinar vidas. Na maioria das vezes, de forma mais hostil do que no cotidiano.
Escondidos pela máquina, internautas estão usando a web para cometer todo tipo de crimes, desde ameaças e difamações, até roubos, tráfico de drogas e assassinatos. Um campo de guerra onde parece que, ao fazer login, as pessoas liberam seus instintos mais primitivos. Dois anos e meio depois da aprovação da Lei 12.735/12, que determina que as secretarias de segurança implementem delegacias especializadas em crimes cibernéticos, apenas oito Estados no País cumprem a norma – a maioria delas com estrutura precária. A Paraíba está fora. De acordo com o especialista em investigação de crimes cibernéticos contra os direitos humanos, Thiago Tavares, leis têm de sobra. O problema é a falta de estrutura para aplicá-las.

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Mesmo com toda a força-tarefa do Governo e instituições para rastrear os “assassinos virtuais”, caiu na rede é eterno. Depois que um vídeo ou foto é postado, abrem-se as portas para uma cadeia de compartilhamentos, sendo quase impossível deletar totalmente o conteúdo do universo virtual. Atualmente, o responsável pode até ser pego, mas o mal provocado permanece.

Para o fundador e presidente da ONG Safernet, que recebe denúncias e analisa crimes no ciberespaço, Thiago Tavares, não é que a internet tenha criado o cyberbullying ou a pornografia de revanche, por exemplo. Todos esses crimes já existem na vida real. A questão é que no campo virtual, a repercussão – e consequentemente a tortura da vítima – é extremamente maior.

“O bullying na escola sempre existiu. Só que antigamente a mãe trocava o filho de colégio e o problema se resolvia. Hoje, com a internet, a chacota não fica só entre os muros da escola; acompanha a vítima aonde ela estiver, seja no shopping, no parque, dormindo ou acordando. Fica eternizado na rede. Por isso, o sofrimento é maior: são novas dimensões, maior repercussão e o dano causado se prolonga no tempo e no espaço”, analisa. 


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Fonte: Portal Correio
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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