'Nossa meta principal é fazer o Enem, não fazer economia', disse o ministro.
Taxa de inscrição será reajustada para R$ 63.
O Ministério da Educação (MEC) anunciou medidas que podem resultar em uma economia de até 20% no custo de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2015.
A economia é estimada em ao menos R$ 90 milhões com o aumento da taxa de inscrições, medidas contra faltas e mudanças no envio do cartão de inscrição.
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"Nossa meta principal é fazer o Enem, não fazer economia. Mas, se for possível, vamos fazer economia", disse o ministro de Educação, Janine Ribeiro. A estimativa é que o custo médio da aplicação da prova por estudante seja de R$ 52.
A taxa de inscrição foi aumentada pela primeira vez em mais de dez anos. Até 2014, o valor era R$ 35. Neste ano, será R$ 63.
"Tudo subiu na sociedade e esse valor está o mesmo desde muito tempo", disse Ribeiro. Ele afirmou que o reajuste considerou a variação inflacionária no período.
De acordo com o ministro, a expectativa é que "a cada dois ou três anos" o valor da taxa aumente, conforme a inflação. "Quando você deixa muito tempo fixo [o valor da taxa], o reajuste causa um choque, enquanto o reajuste deveria vir com naturalidade", avaliou o ministro.
Apesar do aumento, o MEC ressaltou que manterá as isenções. Alunos que se encaixam nos critérios para serem liberados do pagamento representam a maioria dos inscritos, segundo o ministério.
Punição para faltas no Enem
Outra medida será o corte da isenção para alunos que forem liberados da taxa e faltarem ao exame deste ano. Quem faltar em 2015 terá obrigatoriamente pagar a inscrição em 2016.
"Uma pessoa não pode ter isenção graças a recursos que a sociedade está pagando, e jogar isso fora. Há uma responsabilidade moral que é preciso assumir. E no escopo educacional, a ética é fundamental. Educação é também ter responsabilidade com os próprios atos", disse Janine Ribeiro.
Sessenta e cinco por cento dos faltosos do Enem de 2014 eram alunos isentos, segundo o secretário executivo do MEC, Luiz Claudio Costa.
Agora, a isenção só será automática para aluno da rede pública no último ano do ensino médio, mas será mantida para outros que comprovarem carência, conforme as regras do edital que será lançado na segunda-feira (18). A estimativa é que quase R$ 60 milhões serão poupados com o pagamento de inscrições por alunos que antes estavam insentos.
Entrega virtual dos cartões
Outra mudança com impacto no custo total do Enem será a forma de entrega do cartão de inscrição. O presidente do Inep, Francisco Soares, explicou que agora o cartão terá que ser baixado pelo estudante diretamente do site do Enem. Antes, ele era impresso e enviado para casa do estudante.
De acordo com o ministro, serão economizados R$ 20 milhões com o fim do envio pelos Correios.
Perguntado se houve pedido direto da presidente Dilma Rousseff para economizar no Enem com as isenções, ele negou. "Não foi solicitada essa medida em especial, embora no caso da suspensão de isenção (em alguns casos) isso já tenha sido considerado pelo MEC há algum tempo, desde antes da minha entrada."
Enem online
A ideia de fazer uma versão digital do Enem continua entre as metas do MEC, diz o ministro. "Reduziria os custos, sim. Mas a implementação implica em custos adicionais. Os custos não serão de uma vez só, baixarão ao longo de sua implementação. Veremos o que podemos fazer no ano que vem."
Datas e inscrições
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 será realizado em 24 e 25 de outubro. As datas das provas foram anunciadas pelo ministro da Educação, Janine Ribeiro, nesta quinta-feira (14).
O ministro afirmou que a publicação do edital com todas as regras do Enem 2015 será feita na edição da próxima segunda-feira (18) do “Diário Oficial da União”.
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Fonte: G1-Brasília
Foto: Reprodução/Internet
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