No mês em que se comemora o Dia Mundial da Água, tendo como tema central este ano “Água e Desenvolvimento Sustentável”, pesquisa realizada por especialistas em recursos hídricos do Insa alerta que as precipitações ocorridas até o momento na região não foram suficientes para recompor os volumes dos seus reservatórios.
Os resultados da capacidade dos reservatórios do Semiárido brasileiro foram divulgados recentemente na nova edição do Boletim de Monitoramento dos Reservatórios da Região Semiárida.
Os especialistas afirmam que a situação se torna mais preocupante se considerarmos o resultado da reunião de análise e previsão climática realizada na Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), em Recife (PE), no último dia 18 de março.
Meteorologistas dos Centros Estaduais de Meteorologia da Região Nordeste e do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) apontam que a previsão de consenso para o período de abril a junho é de chuvas que variam de normal a abaixo da média histórica para o setor Leste do Nordeste brasileiro e permanência de chuvas abaixo da média nas demais áreas do Nordeste.
Salomão Medeiros, coordenador do Núcleo de Recursos Hídricos do Insa, afirma que se confirmado esse prognóstico apresentado pela recente previsão climática, os níveis dos reservatórios do Semiárido poderão alcançar níveis ainda mais críticos nos próximos meses.
Desde setembro de 2014 o Insa acompanha mensalmente os volumes de 391 reservatórios em toda a região semiárida brasileiro, que totalizam uma capacidade máxima de armazenamento de quase 40 bilhões de m3.
As últimas informações indicam que os volumes de água armazenados nestes reservatórios atingiram cerca de 10 bilhões de m3, o que representa apenas 28% da capacidade total de acumulação.
Também foram registrados que 13% dos reservatórios já entraram em colapso, 38% estão em estado crítico (reservatório com menos de 10% de sua capacidade de armazenamento) e 28% têm seus volumes oscilando entre 10 a 30%.
Na Paraíba, os principais reservatórios já recebram nova carga de água com as chuvas deste ano, mas a situação ainda é preocuoante. Segundo o presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), João Fernandes, praticamente todos os reservatórios já receberam água no Estado. Destes, o que apresentou maior ganho foi o de Coremas, que aumentou mais de 10 milhões de metros cúbicos de água. Os mananciais mais castigados, segundo o presidente, são os da região do Cariri. Em relação ao açude Epitácio Pessoa, na cidade de Boqueirão, que estava até ontem com 20,8% de sua capacidade, o presidente afirmou que não há motivo para preocupação. Responsável pelo abasticimento de Campina Grande e mais 19 municípios do Compartimento da Borborema, Boqueirão está com 85.090.996 milhões de metros cúbicos de água acumulada.
A perspectiva da Aesa é de que as precipitações ocorram dentro da média nas regiões do Agreste, Brejo e Litoral. Já nas regiões do Sertão, Alto Sertão e Cariri, as chuvas tendem a ficar de dentro da média ou ligeiramente abaixo. Em comparação aos três anos anteriores, de 2012 a 2014, que foram de falta de chuvas, a previsão é considerada animadora.
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Fonte: PB Agora
Foto: Reprodução/Internet
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