Phaedra Al-Majid afirmou ter testemunhado oferta de dinheiro para membros da entidade responsável pela realização do evento.
A ex-dirigente do comitê de candidatura do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022 assumiu que o país ofereceu suborno a Fifa para ser escolhido.
A informação é do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, Phaedra Al-Majid afirmou ter testemunhado oferta de dinheiro para membros da entidade responsável pela realização do evento.
“Eu presenciei em Angola a oferta de US$ 1,5 milhão a três africanos do comitê executivo da Fifa em troca de votarem pela candidatura do Qatar”, disse a ex-dirigente. Ela foi uma das principais colaboradoras na investigação que busca apurar denúncias de corrupção no processo que fez o Qatar levar a melhor sobre os Estados Unidos, Coreia do Sul, Austrália e Japão. A investigação foi designada pelo comitê de ética da Fifa e é conduzida pelo ex-promotor norte-americano Michael Garcia.
“Fui demitida porque eles me culpavam por qualquer coisa que saía na mídia contra a candidatura. O que eles não entendiam - e talvez agora entendam - é que podem controlar a imprensa árabe, mas não a internacional”, completou.
Segundo Phaedra Al-Majid, o ex vice-presidente da Fifa, Mohamed Bin Hammam, teve papel crucial na negociação. Ele é suspeito de dar dinheiro a membros da entidade em troca de votos para o país asiático. “Eu era a testemunha: o Hammam foi parte integral do processo do Qatar. Era o nosso lobista-chefe da candidatura”, garante a ex-dirigente. A Federação e os árabes, por sua vez, dizem que Hammam agiu por conta própria e que o suborno aconteceu em razão de interesses pessoais.
Nenhum brasileiro foi mencionado por Phaedra Al-Majid durante as investigações.
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Fonte: Portal Correio
Foto: Divulgação
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