Para presidente do Conselho Federal de Medicina, desativação é a principal causa da superlotação e do atraso no diagnóstico e no tratamento.
Dados divulgados nesta terça-feira (21) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostram que a Paraíba perdeu cerca de 460 leitos de internação na rede pública nos últimos quatro anos.
Conforme o indicador, o estado é quarto estado da região Nordeste com maior número de redução de leitos no período compreendido entre julho de 2010 e julho de 2014. O ranking é liderado pelo Maranhão, seguido pelo Piauí e Bahia.
Em todo Nordeste, os números chegam a 3,5 mil leitos desativados. Em julho de 2010, a região dispunha de 101.132 leitos de internação para uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS), número que caiu para 97.599 em julho deste ano. Para o presidente do CFM, Carlos Vital, a redução é a principal causa da superlotação e do atraso no diagnóstico e no tratamento, que, por sua vez, aumentam a taxa de mortalidade.
“A insuficiência de leitos para internação ou realização de cirurgias é um dos fatores que aumenta o tempo de permanência dos pacientes nas emergências. Por falta desses leitos, os pacientes acabam ‘internados’ nas emergências à espera do devido encaminhamento ou referência”, opina.
Em todo o país, quase 15 mil leitos de internação foram desativados na rede pública de saúde desde julho de 2010, segundo o levantamento do CFM. Naquele mês, o país dispunha de 336,2 mil deles para uso exclusivo do SUS. Em julho deste ano, o número passou para 321,6 mil – uma queda de quase 10 leitos por dia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) não recomendam ou estabelecem taxas ideais de número de leitos por habitante.
O levantamento do CFM apurou ainda os chamados leitos complementares (reservados às Unidades de Terapia Intensiva (UTI), isolamento e cuidados intermediários). Ao contrário dos leitos de internação, essa rede complementar apresentou alta de 26%, passando de 5.067 em julho de 2010 para 6.407 no mesmo mês de 2014. O maior acréscimo aconteceu no estado de Pernambuco, seguido pelo Maranhão.
Na Paraíba, os leitos complementares saltaram de 515 para 542, enquanto os leitos de repouso e observação foram de 2.119 para 2.317.
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Fonte: Portal Correio
Foto: Divulgação
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