Presidente do CRM-PB diz que embora o risco de ebola surgir na Paraíba seja considerado mínimo, falta de infraestrutura e fiscalização adequada no aeroporto Castro Pinto.
“A Paraíba não está preparada para enfrentar uma possível contaminação por ebola”. Essa é a declaração dada ao Portal Correio pelo presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB), João Medeiros.
Ele afirma, também, que a falta de experiência nos casos de doenças com tal gravidade e de tratamento difícil, pode dificultar o trabalho das autoridades. A Secretaria de Saúde do Estado, por sua vez, nega que a Paraíba não esteja com o preparo necessário para lidar com a doença.
Segundo o presidente do CRM-PB, embora o risco de algum caso de ebola surgir na Paraíba ser considerado mínimo, a falta de infraestrutura e fiscalização adequada no principal aeroporto do estado, o Castro Pinto, pode contribuir para que a doença chegue à Paraíba.
De acordo com João Medeiros, a Secretaria de Saúde da Paraíba informou ao CRM-PB que apenas dois hospitais serão disponibilizados para receber possíveis casos de ebola. “Teremos o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU), para doenças infecto contagiosas, e o Clementino Fraga, destinado a pacientes de HIV, que estão sendo preparados para receber possíveis casos de ebola”, disse.
Na opinião de João Medeiros, a Paraíba não possui profissionais treinados em caso de um surto local. “Um surto é preocupante, não apenas para a Paraíba, mas para todo o mundo. No nosso caso, ainda não temos equipes treinadas para isso. A preocupação existe, por parte do CRM-PB, mas considero difícil, mas não improvável, que tenhamos algum caso no nosso estado”, concluiu.
A doença
O ebola é uma doença infecciosa grave provocada por um vírus. Os sintomas iniciais são febre de início repentino, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Depois vêm vômitos, diarréia e sangramentos internos e externos. Ela é transmitida pelo contato direto com os fluidos corporais da pessoa infectada: sangue, suor, saliva, lágrimas, urina, fezes, vômito, muco e sêmen. Não há risco de contaminação pelo ar. Enquadra-se na definição de caso suspeito de ebola todo indivíduo procedente, nos últimos 21 dias, de país com transmissão atual (Libéria, Guiné e Serra Leoa), que apresente esses sintomas.
A doença é de notificação compulsória imediata, devendo ser realizada pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente, por meio dos telefones 08002810023/88282522 (24 horas) / 32187331 e/ou email (notifica@saude.pb.gov.br) conforme preconiza a Portaria Nº 1.271, de 6 de junho de 2014.
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Fonte: Portal Correio
Foto: Divulgação
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