O Governo do Estado já está estudando um plano emergencial caso se prolongue a estiagem no estado. Entre as ‘manobras’ previstas estão a suspensão de irrigações pelo interior do estado, racionamento de água e o acionamento de barragens emergenciais. A informação foi repassada pelo secretário de Recursos Hídricos do Estado, João Azevedo, durante entrevista ao Programa Rede Verdade, do Sistema Arapuan. As cidades de Cajazeiras e Sousa estão entre as que seriam afetadas.
Entre as medidas emergenciais estão a interligação de três grandes barragens no sertão do estado. “Nesta segunda feira o governador mandou fazer a contratação de material de forma emergencial. Para que este mês de fevereiro possamos começar com as adutoras emergenciais. A primeira saindo da Barragem de Lagoa de Arroz, até Cajazeiras, com a construção de mais uma estação de tratamento. Uma outra adutora saindo da estação de tratamento de Souza, que fica próximo a São Gonçalo até Nazarezinho, que é uma cidade que já está em colapso, e uma outra adutora saindo da Barragem de Compensação do Perímetro Irrigado de Souza até a cidade de Souza com mais uma estação de tratamento", revelou Azevedo.
O secretário explicou que essas três adutoras perfazem aproximadamente 43 quilômetros e são adutoras de extrema importância para a região. Com as obras, o governo quer praticamente interligar quatro grandes barragens: a de Coremas, a de São Gonçalo, a de Engenheiro Ávidos e a Barragem do Arroz.
Segundo Azevedo, se houver diminuição no abastecimento de água seria praticamente impossível abastecer as duas cidades (Sousa e Cajazeiras) apenas com carros-pipas, por isso a ideia da interligação de barragens. “Você há de convir que uma cidade como Cajazeiras ou mesmo Sousa, se houver problemas de abastecimento para atender essas cidades, com carro pipa seria praticamente impossível”, frisou.
Medidas duras - As barragens hoje que atendem a Sousa (barragem de São Gonçalo) e Cajazeiras (Engenheiro Ávidos) estão com nível muito baixo. Em todo o estado o volume de armazenamento de água é considerado baixo, de apenas 30%. Todavia, a expectativa apontada pela AESA é que 2014 tenha um inverno dentro da média histórica e isso fará com que haja recarga das barragens. Pelo menos é com isso que conta (e torce) o Governo do Estado
“Entretanto, nós não podemos trabalhar apenas com essa perspectiva. Nós trabalhamos com a perspectiva que caso não haja chuva, e quais as medidas que precisam ser adotadas. Então, se por ventura não se confirmarem as chuvas em 2014, as ações que teremos que tomar já a partir de fevereiro para que a gente possa vencer mais um período de estiagem são essas adutoras emergenciais”, pontuou.
No entanto, Azevedo ainda ressaltou que para cada região, a uma medida diferente que deve ser tomada e dá uma exemplo: “Especificamente com relação ao sistema Mãe D’Água/Coremas. Caso não ocorra as chuvas para a recarga da barragem, nós vamos ter que ter medidas como redução da vazão que hoje soltamos do Rio Piranhas, suspensção de serviços de irrigação, racionamento em algumas cidades. Tudo isso são possibilidades caso se confirme a continuidade do período de estiagem”, finalizou.
Fonte: Paraíba
Foto: Reprodução Paraíba
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