Título de Eleitor não é obrigatório para manter Bolsa Família, diz MDS
segunda-feira, outubro 07, 2013
A diretora do departamento do Cadastro Único do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Cláudia Baddini, afirmou
nesta segunda-feira (7) que os beneficiários do Bolsa Família que
deixarem de fazer o recadastramento biométrico na Justiça Eleitoral não
perderão o benefício. Ela explicou que o documento fundamental para o
ingresso no programa federal é o CPF. O título de eleitor pode ser
usado, mas nesse caso não é obrigatório. A Paraíba tem 502.980 famílias cadastradas no Bolsa Família.
A explicação da diretora ocorreu em resposta às declarações da coordenação do Fome Zero em Campina Grande.
A coordenadora Geovana Fernandes havia afirmado que os beneficiários
que deixassem de fizer a revisão eleitoral além de perder o título
poderiam também perder o Bolsa Família.
“Os beneficiários só perdem o benefício se não atualizarem o Cadastro
Único, não tem a ver com atualização do título. Essa relação entre
perder o benefício e cadastramento eleitoral não existe, não há relação
alguma”, afirmou Cláudia Baddini.
A Portaria 177 do MDS estabelece regras para o ingresso no CadÚnico,
que é o que define se as pessoas poderão ter acesso aos programas
sociais do governo federal, entre eles o Bolsa Família. A norma cita
que no caso de responsável familiar o CPF ou o título eleitor e os
outros membros da família devem apresentar certidão de nascimento ou RG.
“O título não é obrigatório. Agora, se o beneficiário fizer o
cadastramento com o título e este deixar de valer, ele não perde o
cadastro, por isso não faz o menor sentido falar que vai se perder o
benefício”, destacou a diretora do CadÚnico.
A coordenadora do Fome Zero de Campina Grande chegou a dizer também que
pediria ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE) instalasse um
posto de atendimento da biometria na sede do Bolsa Família. Por sua
vez, a coordenadora do programa em João Pessoa, Maria Aparecida, revelou que já fez isso e não foi atendida. Para Cláudia Baddini, a medida é desnecessária.
“Isso não faz sentido, a não ser que (as coordenadoras) queiram
facilitar a vida de beneficiários, mas não porque vá perder o
benefício”, disse a diretora do Cadastro Único. Cláudia afirmou ainda
que o Ministério vai entrar em contato com as coordenadorias locais.
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