A medida faz parte da Pesquisa Nacional de Saúde 2013, que busca informações sobre o estilo de vida do brasileiro, como os relacionados à alimentação e a atividades físicas, e o acesso aos serviços de saúde. O objetivo é avaliar a tendência da saúde do brasileiro, mapeando doenças e fatores de risco à saúde, como hipertensão, diabetes, anemia e obesidade. A dengue também será uma das doenças com enfoque na pesquisa. O exame de sangue trará a informação do percentual da população brasileira que já entrou em contato com o vírus.
A previsão é que a
pesquisa seja aplicada a cada cinco anos (já ocorreu em 1998, 2003 e
2008) e que os primeiros resultados sejam divulgados em 2014. O sigilo
das informações coletadas é garantido por lei. Elas só podem ser
utilizadas para fins estatísticos.
A pesquisa,
realizada em parceria com o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo
Cruz, é a mais ampla e detalhada já feita pelo IBGE especificamente
sobre este tema, e conta com mil entrevistadores, que farão visitas
domiciliares até novembro. A coleta começa hoje em São Paulo, Mato
Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Roraima, Amapá e Rio Grande do Sul. Será
feita também a aferição de medidas antropométricas e a medição da
pressão arterial. Até então, o levantamento era realizado apenas com a
aplicação de questionários.
A coleta das
amostras clínicas será feita por profissionais ligados ao Hospital Sírio
Libanês, de São Paulo, enquanto as entrevistas serão realizadas por
pesquisadores do IBGE que estão em treinamento desde o fim de julho.
Entre as novidades da pesquisa, a medição da pressão arterial, do peso,
altura e circunferência abdominal de um entrevistado por domicílio, com a
obrigatoriedade de ser maior de idade. Em 25% das áreas visitadas, esse
morador selecionado também será submetido à coleta de sangue e urina.
Os exames serão feitos na casa do morador em data agendada.
— A gente conclui
um trabalho. Foram mais de quatro anos nos dedicando a essa pesquisa.
Estamos fazendo a continuidade de pesquisas anteriores, visando cada vez
mais a coleta de dados específicos, ampliando essa pesquisa — disse
Deborah Malta, diretora do departamento de análise de situação da saúde
do Ministério da Saúde.
O Ministério da
Saúde informou que vai repassar R$ 21 milhões para a realização do
estudo, sendo R$ 15 milhões destinados ao instituto de pesquisa e R$ 6
milhões ao hospital que será encarregado pelos exames laboratoriais.
0 Comentários